Feira Cultural de Fotografia

 

Desde 1999 fazendo história no jardim do Palácio do Catete

Por Gabriele Pereira*

Foto: Marcia Costa

Criado pelo fotojornalista Marcelo Cerqueira com o intuito de promover um encontro mensal com fotógrafos e compartilhar os trabalhos, a Feira Cultural de Fotografia já dura mais de 18 anos.

Cilano Simões, coordenador da Feira. Foto Gabriele Pereira

Segundo Cilano Simões, coordenador da Feira, a exposição era feita apenas por sócios da Sociedade  Fluminense de Fotografia  e da ABAF, Associação Brasileira de Arte Fotográfica, porém com o passar dos anos alguns foram se afastando e o projeto começou a expor fotografias de pessoas independentes.

Fruto de uma pesquisa desenvolvida pela PUC, a estrutura é toda ecológica. A empresa Bambutec, dos projetistas João Bina e Mario Seixas, é responsável pela montagem da exposição, que acontece sempre no último domingo do mês. Com uma estrutura leve, os painéis feitos com bambu, levam charme a Feira que é toda feita ao ar livre.

Há cada edição é reservado um painel para o convidado do mês. O projeto já recebeu inúmeras presenças ilustres do ramo da fotografia, como: Evandro Teixeira, Flávio Damm, Severino Silva, Walter Firmo e muitos outros.

Rosina Villela com suas imagens e palavras. Foto Gabriele Pereira

Além de receber fotógrafos profissionais, muitos amadores também desfrutam do espaço para mostrar os seus trabalhos. Como Rosina Villela e Renato Mayer, que participam há anos da Feira Cultural. Rosina conta que a paixão pela arte fotográfica começou ainda na adolescência, dona de uma fotografia detalhista, ela conta que o que mais atrai em seus retratos na exposição são as imagens atreladas a palavras. “Eu acho muito legal colocar uma mensagem nas fotos, as pessoas sentem muita atração. Essas frases, eu acho que elas me ajudam também”, completou Villela.

Já Renato Mayer, que viajou para 38 países, diz que o estilo fotográfico que o mais encanta é a chamada fotografia de rua. Renato ainda destaca a importância da Feira para o seu trabalho: “ouvir a opinião das pessoas porque não é técnica é, absolutamente, subjetiva e sentimental”.

Um dos coordenadores,, Hélio Araújo em seu painel de fotos durante mais um dia de Feira. Foto: Gabriele Pereira

Com entrada franca, além do público visitar os jardins do Museu da República eles, ainda, podem admirar as fotografias e conversar com os próprios retratistas. Para Hélio Araújo, um dos coordenadores e também fotógrafo, as pessoas que frequentam o local têm a oportunidade de ver uma variedade de temas e, inclusive, se identificar. A frequentadora assídua, Esperanza Amélia, diz que apreciar a natureza e ainda poder ver a arte dos fotógrafos colabora ao prazer de visitar o jardim.

 

*Estudante de Jornalismo na Faculdade Pinheiro Guimarães. Gabriele Pereira é estagiária na equipe de Imprensa  do Curso Grande Angular, escrevendo artigos e fazendo entrevistas para o site do Curso