Por: Marcia Costa*
O obturador está situado no corpo da câmera. É uma cortina que se abre ao acionar o botão disparador da máquina. De acordo com o tempo escolhido, abre e fecha mais rápida ou mais lentamente.
Obturador aberto Foto: Marcia Costa |
Obturador fechado Foto: Marcia Costa |
A escala apresentada abaixo, mostra os tempos inteiros de velocidades de um obturador. Estas velocidades estão em avos de segundo. Ao trocarmos de velocidade (para números menores) estamos dobrando o tempo de exposição ou reduzindo este a metade, ao optarmos por números maiores.
B – 1/15s – 1/30s – 1/60s – 1/125s – 1/250s – 1/500s – 1/1000s – 1/2000s
O obturador tem a função de determinar quanto tempo, a luz que entra pela objetiva através do diafragma, atingirá o filme ou sensor digital para registrar a imagem. Ele também influencia na sensação de movimento em uma fotografia. Um tempo curto de exposição (velocidade alta: 1/125, 1/250, 1/500 …) congela os movimentos. Um tempo mais longo de exposição (velocidade baixa 1/30, 1/15, 1/10…) causam movimentos borrados.
A partir do surgimento de câmeras eletrônicas, a escala de obturador passou a apresentar tempos intermediários. Dessa forma entre cada número de obturador inteiro, temos dois intermediários (ex: ao aumentarmos o tempo de exposição de 1/125s para 1/60s, encontramos os tempos 1/100s e 1/80s). Isto é muito bom quando não há necessidade de dobrar ou reduzir na metade o tempo de exposição na hora da foto, ajudando em obter uma fotometria mais precisa.
O obturador também possui uma opção chamada de BULB. Este funciona da seguinte forma: enquanto o botão disparador estiver pressionado, a cortina do obturador permanece aberta, permitindo a entrada de luz. Este recurso é muito usado quando há necessidade de um tempo de exposição muito longo para captação de determinada imagem, devido a pouca iluminação e para criação de efeitos de longa exposição e light paint.
Quando utilizarmos tempo de exposição mais longo, podemos captar a iluminação ambiente, e ganhamos luz em nossas imagens, sem, muitas vezes, precisar utilizar o flash ou aumentar muito o Iso. É aconselhável a utilização de tripé, pois a tendência a tremer é muito grande, mesmo utilizando objetivas com estabilizador de imagem. Outro ponto, que não podemos esquecer, é que o que estiver em movimento ficará borrado. Porém, podemos produzir efeitos bem legais. A captura de raios durante uma tempestade, também é feita com baixas velocidades de obturação. Você pode aprender sobre fotografia de raios, lendo o outro artigo que escrevi sobre como fotografar raios clicando aqui
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*Marcia Costa: Diretora e professora no Grande Angular. Marcia Costa é Especialista em Artes Visuais, Formada pela UNESA/RJ, onde também formou-se em Fotografia e atua na área há mais de 15 anos. Trabalha como Repórter Fotográfica na Secretaria de Estado de Educação e Ministra as disciplinas de Introdução a Fotografia, Fotojornalismo, Photoshop e Fotodocumentário na Faculdade Pinheiro Guimarães/RJ
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